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CRÍTICA | Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes

Atualizado: 8 de jun. de 2024


Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes

Em mais uma das adaptações dos livros da Suzanne Collins, lês apresento “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”. Um romance distópico ambientada 64 anos antes da chegada de Katniss Everdeen e dos eventos dos primeiros livros da escritora. Assim aconteceu nos telonas, a nova adaptação já está nos cinemas trazendo Francis Lawrence novamente à direção que está nessa função desde do segundo filme da saga.


Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes

Na história, acompanhamos a juventude sofrida e angustiante do Coriolanus Snow, que futuramente é conhecido e odiado por ser o Presidente Snow. A trama nos levava para quando ele era apenas um jovem da Capital, interpretado por Tom Blyth, de (A Idade Dourada e Robin Hood). O personagem vê uma grande chance de conquistar uma boa renda, sendo financeiramente designado como mentor de um tributo do Distrito 12.


Ele e os demais personagens da elite participam da 10ª edição do torneio mortal, em um ano que determinaria o fim ou a permanência do sádico evento. Até conhecer Lucy Gray Baird (Rachel Zegler), sua orientadora dos jogos, a partir daí a narrativa do longa toma caminhos cada vez mais inesperados e emocionantes.


A cantiga das Adaptações do Francis


É fato o quanto os filmes da franquia se tornaram um xodó para os fãs, além de aumentar o seu público para a leitura dos livros, até mesmo sendo uma influência na criação do último romance, que hoje está sendo exibido nos cinemas. Mas nada disso seria possível se fosse a direção e o olhar do Francis Lawrence, um dos idealizadores, junto com a Lionsgate, na realização dos filmes.


Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes

Assim surgiu a vontade de adaptar a história do Snow com os roteiristas Michael Lesslie (Assassin 's Creed) e Michael Arndt (Em Chamas). Porém, um dos maiores desafios dessa vez foi compilar um livro como “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” em um filme de 2h40. Por consequente, o longa é dividido em três partes, como na obra literária, mas algumas questões temporais fazem a diferença na trama e isso pesou no direcionamento para a obter algo mais fluido.


Um dos grandes acertos da produção, foi a construção da equipe de atuação contando com um ótimo elenco de apoio. Principalmente Viola Davis, que dá vida a uma das vilãs mais cativantes de toda a franquia, a Dra Volumnia Gaul, ainda conta com o desempenho de Peter Dinklage (Casca Highbottom) e Hunter Schafer (Tigris Snow) apesar da atriz de Euphoria receber menos atenção do roteiro. Mas quem rouba a cena é o ator Jason Schwartzman que interpreta Lucretius "Lucky" Flickerman, a voz dos Jogos Vorazes, além de ser o humor, assim como vimos nos outros filmes. Contudo, são atores cruciais para o drama e a interação com as faces do personagem do Snow.


Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes

Outro ponto bem trabalhado entre pássaros e serpentes, é a química dos protagonistas. Tanto Coriolanus quanto Lucy logo de cara já se mostram muito bem adaptados, sendo visível o contraponto da bondade, sofrimento e ao longo do tempo, a maldade dentro de cada ser humano, mostrando uma grande evolução no decorrer dos atos.


Ambientação


Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes

A cada filme da franquia foi nítido a evolução da ambientação, dos lugares e dos figurinos dos personagens, neste filme isso não é diferente - para mim, cada cenário é grandioso e chega a ser um elemento essencial por mudar em cada ato como se fosse um personagem. As cores são muito mais presentes na trama em comparação com o que se passa a cerca de 64 anos à frente.


Panem é um grande exemplo disso por ser a representação de uma cidade pós-guerra, do mesmo jeito de Berlim logo depois da Segunda Guerra Mundial, tornando-se a inspiração direta para a Capital. Mostrando uma arquitetura mais séria, com fachadas semi destruídas e estátuas em construção, marcando uma identidade da obra cinematográfica.


A direção de fotografia é um show à parte, as cenas de ação e as movimentações dos personagens ajudam a enriquecer e a visualizar cada linha na transformação do filme. Juntamente com o figurino, não tão chamativo com os outros três últimos longas, mas reverente, para cada personagem, sendo o Sejanus na escola, as roupas vermelhas da Dr Gaul ou as cores da Lucy em um distrito cheio de cinzas.


The Moqueka of Birds and Snakes


Jogos Vorazes: A cantiga dos pássaros e das serpentes

Por fim, A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes é uma verdadeira paixão de um diretor por uma obra literária, mesmo com suas falhas nas viradas de ato, sendo um pouco confuso na dualidade dos dois principais personagens. Isso não atrapalha o desenvolvimento da trama cheia de ação, aventura e romance. Dessa forma, o filme consegue te prender e claro, mostrar algo que ainda não conhecíamos tão bem assim, a história do Snow. De fato vale a pena conferir e se aventurar na luta para conquistar os Jogos Vorazes.


Nota: 4/5




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